Vade Mecum físico ou digital?

Durante a graduação eu resisti à tentação de comprar um Vade Mecum e só tive códigos separados. Eram muito práticos de manusear e transportar, especialmente porque eram leves em comparação ao formato tradicional com todas as leis. Quando decidi estudar para concurso, no entanto, senti-me impelida a comprar um. Meu único critério na época foi o preço e acabei adquirindo um Rideel capa dura.

O problema é que ele tinha aproximadamente 2kg de legislação e eu só usava alguns códigos e leis avulsas. Meu primeiro pensamento foi desmembrá-lo e transformá-lo em cadernos menores, com espiral. Pareceu funcionar, a princípio, e eu fiquei muito feliz em ter tido coragem de passar o estilete nele e ficar apenas com as leis que eu realmente utilizava.

Em 2017, no entanto, houve muitas alterações legislativas. As minhas leis já estavam muito remendadas e eu não conseguia aceitar que precisaria comprar um novo Vade Mecum, desmembrá-lo mais uma vez, repetir anotações e grifos. Pensa, Rolando, pensa.

Alguns dias depois eu decidi que faria o meu próprio Vade Mecum, no Word. Na época eu estudava para tribunais eleitorais (saudade!) e aproveitei para adicionar leis e resoluções que eram cobradas em provas e não existiam no Vade da Rideel. Passei dias copiando a legislação do Planalto, testando diagramação e tamanho de fonte ideal para impressão. Por fim, imprimi tudo e, ingenuamente, achei que meu trabalho havia acabado...

Novas súmulas surgiram, outras alterações legislativas foram feitas, informativos de jurisprudência foram divulgados e eu já não tinha mais espaço nem paciência pra pensar em outra saída. É isso, chega, vou estudar pelo computador. Se eu teria que repetir os grifos e anotações, que fosse só mais uma única vez. E assim foi. Desde o fim de 2018 eu estudo a legislação exclusivamente pelo computador. Nada nunca está desatualizado, tenho oportunidade de inserir qualquer coisa que eu queira ao material, de tabelas a informativos, e meu estudo passou a render muito mais.

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Tem suas desvantagens? Sem dúvida. No começo foi muito difícil me acostumar com a falta do papel. Folhear é mais natural que ficar descendo uma barra de rolagem e usando atalhos para procurar um artigo. Além disso, ter a legislação apenas no computador te torna refém da tela – o que pode ser bem cansativo depois de algumas horas. Também não dá pra se esquecer de fazer backup regularmente, porque a consequência disso é um eterno recomeço. As vantagens, no entanto, mostraram-se maiores e hoje não mudaria nada na forma em que estudo a lei seca.

Quer experimentar as leis esquematizadas no Word? Disponibilizo gratuitamente através do meu Drive. Só clicar aqui.